26 anos da morte de Cora Coralina
Nosso blog na poderia deixar passar esta importante data, pois é dela a nossa frase de abertura e muitas inspirações: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Em memória dessa poetisa (que também era doceira) e brava mulher brasileira, que lutou toda sua vida e conseguiu na sua fase mais madura o reconhecimento de ser Poetisa, aos 76 anos pela generosidade e reconhecimento de outro grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Minha homenagem a tantas mulheres, lutadoras, doceiras como, uma afro-descendente, com sua imagem esguia, mas altiva e carinhosa. Seu nome me foge à memória! Na minha Caxias do Sul, colonizada por imigrantes italianos e que adoçava meus sonhos de infância, com suas cocadas e pés-de-moleque.
Cora teve uma vida dura, mas que soube recriar cada instante com suavidade e compaixão, esperança e muito amor pela vida. Que poderia ser sintetizada pelo o que Ela escreveu:
(...)” Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.”
Cora Coralina
O dia 10 de abril marca os 26 anos da morte de Cora Coralina, poetisa goiana. Em homenagem a Cora, o Museu Casa de Cora Coralina, na Cidade de Goiás, promove uma jornada de estudos sobre a obra da poeta de 11 a 13 de abril na Unidade Cora Coralina da Universidade Estadual de Goiás (UEG). No dia 10 de abril às 19h, será celebrada uma missa na Catedral de Santana, relembrando a artista.
“É importante salientar que são 26 anos de ausência de Cora, mas sua memória está presente também no museu, que foi a casa dela, hoje revitalizado para preservar a obra da artista”, disse a diretora do museu, Marlene Velasco.
http://www.casadecoracoralina.com.br/
Viva Cora Coralina, uma mulher que acreditou em seu sonho e perseverou nele, apesar das adversidades de sua vida! E venceu! Com toda sua simplicidade e sensibilidade!
Viva em nossos corações e mentes! Nas suas eternas poesias!
Obrigado “Aninha” pelo seu grande exemplo de humanidade!
DAS PEDRAS
Ajuntei todas as pedrasque vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.
(Meu Livro de Cordel, p.13, 8°ed., 1998)
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